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terça-feira, 4 de novembro de 2014

Contra o Golpe, O povo estará unido.

Vejo pessoas indo às redes sociais e não às ruas, pois não tem gente para tanto, pedindo a volta dos militares, intervenção dos EUA e etc. É fato que a direita vai sair dos escritórios, já entenderam que tem que disputar nas bases como sempre fizemos, e eles estarão indo para as bases que ocupamos historicamente desde a redemocratização. Porém cabe analisar os fatos e perceber as diferenças históricas. Certo que também há semelhanças, mas a diferenças gritantes depondo contra os coxinhas.


Papel dos militares.
Vale lembrar que em 1964, as Forças Armadas tinham um outro papel na política brasileira. Quatro anos antes, Jânio Quadros que viria a renunciar sete meses após empossado havia vencido um militar nas eleições presidenciais, o Marechal Henrique Lott, que mesmo militar num período tão convulsionado lançou-se candidato com o apoio das forças progressistas. Anos antes em 1955, o mesmo Henrique Lott colaborou para garantir a posse de Juscelino que havia vencido outro militar, o General Juarez Távora. Resumindo: Nas eleições ocorridas após o fim do Regime Vargas um militar foi o vencedor ou o segundo colocado.
1960 - Jânio Quadros x Marechal Henrique Lott.
1955 - Juscelino Kubitschek x General Juarez Távora
1950 - Getúlio Vargas x Brigadeiro Eduardo Gomes
1945 - General Dutra x Brigadeiro Eduardo Gomes.
Nos dias de hoje não há mais o envolvimento de militares na política como havia naquela época.

A política externa
A situação em 1964 era outra. Em plena Guerra Fria, não interessavam aos EUA terem o maior país da América Latina com um Governo de claras orientações esquerdistas e possível de alinhar-se à União Soviética.

Os sindicatos e movimentos sociais e um partido de massas: o PT
Em 1964 os sindicatos eram controlados pelo governo, quando veio o golpe os sindicatos foram desestruturados, os movimentos sociais perseguidos e o único partido de esquerda, o PCB era um partido pequeno e longe das massas e da população como um todo.
Agora os Sindicatos tem autonomia frente aos governos para se organizar, os movimentos sociais principalmente estudantil e camponeses  possuem uma base imensa e com formação política. E a esquerda está agora organizada e também disputa a política burguesa. Um partido de massas que já dirige o país a 12 anos e foi aprovado para mais quatro.

A história a nosso favor
Apenas 30 anos separam o fim dos governos militares do presente, ainda temos muitos militantes que enfrentaram a os governos da Ditadura vivos e atuantes e dispostos a novamente defender a democracia e que ainda se lembram onde atingir a burguesia e os mais abastados. Temos agora o povo a nosso lado. E como nos lembra o MST: “O Risco que corre o pau corre o machado, não há o que temer, aquele que manda matar também tem que morrer. Eu já tenho machado fal­ta só botar a cunha, e fazer a moda ga­to, dar o tapa e esconder a unha. Nós es­tamos em guerra, o lado de lá já decre­tou, pois já pagou pistoleiro para matar trabalhador. É a nossa proposta, pois a gente quer ganhar, se matarem um da­qui, dez de lá vamos matar...”

Que venham os coxinhas, reacionários, golpistas de plantão. Para eles temos a dizer: NÃO PASSARÃO. Nosso socialismo é democrático e o defenderemos nas escolas, nas ruas, nas universidades, nas fábricas, nas urnas ou na trincheira que vocês escolherem.

Ao meu amigo Jones Carvalho.

João Gabriel Santana da Luz,
Membro do Diretório Municipal do Partido dos Trabalhadores de Serrinha, Bahia.
Militante do Coletivo Reencantar o PT - Bahia

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